21 de março de 2009

Marcha Mundial pela Paz é lançada com tambores no Rio de Janeiro

Sabine Mendes
Pressenza
Rio de Janeiro

Em meio a Cinelândia, organizações, vítimas da violência, artistas, políticos e ativistas aderem à campanha mundial pela paz e pela não violência.

Centenas de pessoas assistiram ao lançamento oficial da Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência durante a tarde e noite de quarta-feira, 17 de março, na Cinelândia. O evento foi organizado pela ONG Mundo Sem Guerras, promotora da Marcha Mundial, com apoio da FASE, do SESC-Rio e da ONG Dom Pixote. Foram apresentados vídeos de iniciativas da Marcha no Brasil e ao redor do mundo, adesões de personalidades e performances musicais do Bloco Picada de Primeira, da Oficina de Samba da Fundição Progresso e do Bloco Tambor Carioca.

Estiveram presentes membros da Associação de Familiares e Vítimas da Violência, composta por mães e familiares dos 29 mortos na chacina em Nova Iguaçu e Queimados no ano de 2005. Uma das mães, Luciene, em depoimento emocionado, recordou: “Estamos exigindo nosso direito à vida”.

O vereador da cidade do Rio de Janeiro, Reimont, reiterou sua adesão à Marcha e a necessidade de incluir os demais membros da câmara nesta iniciativa. Tião Santos, membro da ONG Viva Rio declarou que: “a luta pela paz não começa no dia 2 de outubro, no aniversário de Gandhi. A luta pela paz começa todos os dias, ao acordarmos”.

Membros da Associação de Moradores de Honório Gurgel, presentes no evento, declararam a primeira adesão de um bairro à Marcha Mundial por meio de sua associação.

O porta-voz da Marcha no Rio de Janeiro, Marco Pantoja, relembrou a importância de haver lançado a campanha na cidade na data da invasão do Iraque, pedindo, além da retirada das tropas do país, atenção à crescente militarização no Afeganistão. Segundo ele: “Não queremos a violência das guerras, nem nenhum outro tipo de violência. Precisamos gerar consciência pela paz. Hoje, a cada minuto, morrem cinco crianças no mundo: vítimas da violência física ou de doenças curáveis. Precisamos dar prioridade à não violência como metodologia de ação imediatamente”.

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência percorrerá os seis continentes e noventa países, chegando ao Brasil em dezembro de 2009.